sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Talvez você não tenha tudo que queira. Pode ser que queira muito...
Talvez tenha tudo que quer... E não seja muito.
Pode ser que nada tenha... E ainda assim seja tudo.

O problema não está na proporção. Parando bem para pensar o problema só pode estar em nós. O problema pode estar no "tudo" ou "nada" também. Afinal, diriam as pessoas de sentimentos exacerbados, meio termo não contenta. E é bem aí o ponto, já que o meio termo é tudo que temos. Estamos parados bem em um ponto que nunca dirá respeito à totalidade ou ausência.

Buscamos a totalidade, na maioria das vezes, nos deparamos com a falta. Poderia ligar essa falta ao fato de que muitas vezes o que queremos é simplesmente pouquíssimo e não o muito que pensávamos. Questione-se: O que está buscando? Será que é algo realmente de valor? 
Coisas passageiras, frágeis, superficiais não preenchem... E nem poderiam. 

Daniella C. Sampaio Dias

Andei procurando...

Talvez em um emaranhado de palavras, na letra de uma música, em uma imagem distorcida, nas palavras de alguém, na imagem de um outro alguém. Não sei. Tudo que sei é que me procurei.

Onde será que estive? Já que não lembro como cheguei a esse ponto. Ponto enorme de interrogação. Nem mesmo sei onde estou.

Dando o devido valor a confusão que já é a vida, faz todo sentido nada ter sentido. Procuro sentido e só consigo sentir. Sinto que sou, mas não sei o quê. Não consegui encontrar o que procurava. Continuo a busca e só percebo confusão. Não me encontrei, não me encontro, talvez nunca me encontre.

Onde será que tudo se perdeu? Há pouco tempo atrás parecia estar tudo certo, concreto e encaminhado. O tempo passou por mim como um flash levando pessoas, coisas, momentos, me levando... Me perdi e não me encontro mais.

Daniella C. Sampaio Dias